Afinal tudo que vimos neste ano feito pela Brawn GP era na verdade obra do trabalho financiado pela Honda. Um carro bem desenvolvido, capaz de fazer de dois pilotos desacreditados até então, destaque da temporada. COm certeza a Mercedes, quando aceitou fornecer os motores para este ano, já tinha uma opção de compra do time.

Questão estratégica, a Honda tinha juntado muita gente boa e muitos estudos estavam em andamento quando ela anunciou sua saída da F-1. Mais uma vez fica evidente que a saída do fabricante japonês se deu da pior maneira e na pior hora. Todos os ienes, libras, dólares, euros investidos e que fizeram o caminho da equipe até aqui, incluindo os fracassos que tanto ensinam aos técnicos envolvidos ( afinal, agora eles sabem o que e como não fazer), são agora patrimônio da Mercedes. E tudo que dá ou der certo não dará o devido crédito aos japoneses.

Questão esportiva e financeira agora se diz que os pilotos serão os alemães Nico Rosberg e Nick Hidefeld. Assim também estará isolada na história a conquista da agora Brawn GP, equipe sobrevivente que superou demissões liderada por dois pilotos desacreditados um deles agora campeão mundial. Alguém se lembra que esse time era a Tyrrel?

E que a Tyrrel começou com o apoio da MAtra, francesa. depois com o apoio da Ford transformou-se numa das equipes mais fortes da F-1, ganhou título. Inventou o carro de seis rodas, ficou pequena e se perdeu até ser comprada pela British American Tabasso. Virou BAR e o que parecia ser um time que começava imbatível com o campeão mundial Jacques Villeneuve se perdeu também.

Vieram os ienes e os técnicos da Honda que também prometiam melhores dias. MAs os dias de vitórias e título só voltaram quando os dias de time pequeno voltaram, coisa de garagista, como se diz na Inglaterra. Ross Brawn com apoio da Mercedes como Ken Tyrrel dos primeiros dias com apoio da Matra. Será que repetem a história de 2009 como time de fábrica?