CADASTRE-SE!

E logo quando a Ducati achava que estava dando o pulo do gato no MotoGP, acabou sua alegria. A Dorna criou um penalty no que parecia ser o pacote perfeito de regras para que ela acabasse de vez com o jejum de vitórias em cima de Honda e Yamaha. Agora temos três categorias de motos no MotoGP. Factory, Open e Factory2.

Anunciada praticamente na véspera da temporada que começa dia 20 de março no Catar, a categoria Factory2 visa remendar uma brecha no regulamento que a Ducati estaria usando pra se beneficiar.

De acordo com o regulamento para as equipes de fábrica, Honda, Yamaha e Ducati, estariam naturalmente na categoria Factory que prevê menos combustível disponível para as provas, (20 litros) e apenas cinco motores selados por motocicleta para toda a temporada. Em contra partida teriam liberdade de fazer sua própria central eletrônica, ponto de honra para a Honda que desde sempre fez questão de correr com seu próprio desenvolvimento também nessa importante área.

Antes do último teste de pré temporada a Magnetti Marelli lançou sua central eletrônica para os times não oficiais e a Ducati se interessou tanto pela novidade que testou e saiu imediatamente da categoria de fábrica para colocar suas motos entre as máquinas da categoria Open.

Segundo a regra esta categoria Open tem 24 litros de combustível por corrida, doze motores não lacrados para a temporada e acesso a um jogo extra de pneus super macios por corrida, com a limitação de usar a central eletrônica cedida pela Dorna.

Sabedores das vantagens de usar a central de seus compatriotas a Ducati treinou bem no último ensaio e ficou bem perto, finalmente de Honda e Yamaha dentro dessas condições. A Honda deixou claro que a Ducati teria uma vantagem que lhe parecia injusta e tratou de trabalhar nos bastidores pra garantir um reequilíbrio de forças. Conseguiu!

Agora a fábrica, lê -se Ducati, estiver na categoria Open e conseguir três terceiros lugares, dois segundos ou um primeiro lugar na temporada passará compulsoriamente para a categoria Factory2 que prevê 22,5 litros de combustível por prova( não mais 24 litros) e nove motores (não 12 motores ) para a temporada.

Esta claro, como sempre esteve, que a Dorna visou sempre o equilíbrio na disputa e o estímulo pra que times não oficiais tivessem menor custo e maior poder de fogo contra as fábricas e que, a manobra da Ducati era claramente um burla a essa filosofia em busca de poder de competição com as dominadoras Honda e Yamaha.

Ainda acho que a Ducati pode se dar muito bem nessa. Ficou barato!