Meu pai era motorista de taxi e ficava o dia todo guiando e cuidando do carro. Percebia cada click do carro e à cada som estranho, lá estava ele na oficina. Afinal o carango não podia parar. Me lembro que muitas vezes dividia com a gente no carro sua constatação “percebeu esse Barulhinho? Vou ter de trocar o pivo da suspensão…”
Essa paixão do meu pai pela mecânica do carro, vejo aumentada quando falo com Rubens Barrichelo. No programa “Encontro de Craques” do Beetto Saad no Bandsports, Rubinho falou de muita coisa da F1, analisou a temporada, mas quando falou dos testes de pneus seus olhos brilharam.
Depois de dezoito temporadas ele ainda ama o que faz. Descreveu o trabalho feito junto a Pirelli para desenvolvimento dos novos pneus da categoria e pudemos ver o quanto ele curte coisas simples como ver o quanto um tipo de pneu deforma em velocidade e curva, em relação a outro. Descreveu os desenhos e posicionamentos de camera que a Pirelli usa pra estudar o que vai fornecer pra F1 no ano que vem.
Essa paixão é que move Rubinho.
É claro que ganhar milhões de dólares por ano pra pilotar os carros mais sofisticados do mundo é um prazer à parte, mas só mesmo apaixonado um profissional consegue se dedicar por tanto tempo.
Confesso que sinto da mesma forma que Rubinho essa paixão pelo trabalho e compreendo porque ele segue na carreira. O melhor é perceber que ainda há espaço pra essa paixão no mundo de negócios e artimanhas da F-1
Boa Celso,
Só tem êxito no que faz; quem o faz com amor e paixão.
É evidente que tanto o Rubinho, quanto você, o Silvério… em fim todos os que amam o que fazem, deixam exalar tal sentimento e é isso que faz as pessoas ficarem mais apaixonadas.
É por isso que os pilotos quando estão satisfeito com o trabalho que estão fazendo, utilizam o termo “se divertindo” para argumentar seu trabalho.
É por aí, fazendo o que gosta poderemos ser eficiente, produzir bem, se divertir e ganhar bem com isso.
Quem ama o que faz não trabalha, vive bem!!