Dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado. Duas corridas, duas chances. Experiência de sobra. Experiência de quem chegou na final do campeonato não apenas liderando mas contando com a equipe mais estruturada e com mais chances de ser, inclusive, campeã entre os fabricantes.
Mais que isso, Noriuki haga chegou na etapa final do campeonato da Super Bike, na pista de Portimão em Portugal, para pegar o que a história havia lhe negado desde meados dos anos 90. Quatro vezes terceiro do mundial três vezes vice. Faltava o título.

Mas Haga caiu da moto na primeira bateria da corrida e deixou tudo muito fácil para o estreante do ano, Ben Spies. O norte americano venceu a primeira bateria e entrou na corrida final do ano com quinze pontos de vantagem sobre o japonês. E fez o que tinha de fazer. Largou na corrida só pra acompanhar Haga e ser campeão. Haga pilotou tímido na segunda prova. Estava batido e foi apenas o segundo colocado. Apagado. Mais apagado ainda subiu ao pódio pra aplaudir outro adversário que o venceu na pista. Expôs sua derrota do alto do pódio. Se fosse em outra época teria tido a garra de ao menos tentar vencer, atacar desde o início pra, ao menos encerrar o ano vencendo. Não foi assim.
Do alto do pódio, Haga que tanto batalhou no final do ano passado pra ir a Ducati pra vencer, finalmente o mundial, conseguiu apenas ajudar a equipe para o título de construtores.

Já o norte americano Spies confirmou todas as previsões sobre seu talento, apesar de demonstra também instabilidade durante a segunda bateria. Errou, quase caiu, mas com o quinto lugar é o campeão. Já comentei aqui tamanho do feito. Sem conhecer pistas, moto, equipe e até a lángua, Ben Spies demosntrou talento raro. Vai brilhar no MotoGp no ano que vem.