HISTÓRIA TEM PREÇO? E OPORTUNIDADE?

HISTÓRIA TEM PREÇO? E OPORTUNIDADE?

Depois de oito anos de serviços prestados Tony Kanaan saiu da equipe Andretti.

Ao sair do Motorhome da equipe deu de cara com Gil de Ferran, que havia estacionado o caminhão de sua equipe logo ao lado. Um gesto e depois a conversa. “Dá pra contar nos dedos de uma mão os pilotos da Indy que são o sonho de qualquer dono de equipe. Tony é um deles”, disse Gil na entrevista coletiva onde foi anunciado o acordo entre eles. Tony Kanaan vai pilotar o carro da equipe presidida por Gil de Ferran.

Tony Kanaan não precisa provar nada pra ninguëm. Foi campeão da indy em 2004 na época como piloto oficial Honda, podemos dizer, já que equipe Andretti/Green na época era o parceiro da Honda na categoria. Foi a Honda quem viabilizou a saída de Michael da CART que naquele final de 2002 rumava para o naufrágio já sem a equipe Penske e vários eventos importantes.

Tem muita gente que aposta que o acordo de Tony com Gil envolve a entrada de um patrocinador brasileiro para o time. Penso que se conseguirem grana no nosso mercado ainda melhor, mas quanto vale a experiência que Tony traz para a equipe? E quanto vale a experiência de trabalhar com um dono de equipe que já foi piloto, vencedor e campeão, com experiência em várias categorias, tendo sido diretor desportivo de uma equipe da F1 e trabalhado com nomes como Jim Hall, Jackie Stewart e Roger Penske.
Quanto vale o show?

E para as empresas brasileiras, quanto vale apostar num time que tem esses dois nomes, tantas experiências e valor, porque não investir? A equipe tem ainda Rafael Matos na mira, piloto que ainda tem um enorme potencial a ser explorado. Trabalhando ao lado de Tony, Rafa ganharia rapidamente o status que se esperava dele há dois anos, aposto.

Acabo de ler um twitter do Rafael Suzuki que observa muito bem o fato dos chamados BRICS estarem investindo na F1, menos o Brasil.

Converso com Lucas de Grasi que foi preterido na segunda vaga da equipe Virgin porque um belga trouxe mais dinheiro pra ficar na equipe. E reparo que ainda nada se fala sobre o futuro de Bruno Senna na categoria.

Se a Indy têm essa reunião de talentos e a F1 essas duas belas oportunidades de negócio, acho mesmo que está faltando visão pras empresas brasileiras, relaxadas e apostando no fértil e cômodo mercado da bola, esquecendo a paixão dos brasileiros pelo automovel. Falta visão pra perceber o verdadeiro valor desse show.