Contradições de um esporte de equipe que ganhou fama mundial pelos feitos de seus atletas. E assim a equipe Williams tem toda razão de pedir para que um piloto deixe outro que tem mais ritmo passar, ao mesmo tempo em que o piloto que ouve a ordem se sente no direito de não acatar a ordem e seguir fazendo seu trabalho.
Enquanto os números falam claramente para os engenheiros o que esta acontecendo e como, o calor do ego dentro do cockpit impede o indivíduo de trabalhar para que outro brilhe. Muito, ou demasiado, humano.
Massa abrir passagem para o Bottas passar decretaria na cabeça da mídia e dos fãs do mundo inteiro que ele é um segundo piloto pro profissão, principalmente pelo que ele já teve de aturar na Ferrari ao lado de Alonso. A diferença é que Felipe era cria da Ferrari e Alonso um bicampeão do mundo. Essas diferenças justificam totalmente a decisão de Massa de ficar ali onde estava.
Questões técnicas porém não podem ser esquecidas. Nos tempos de Ferrari o mais problema do Massa era justamente não aquecer os pneus de forma adequada. perdendo aderência e assim, perdendo velocidade, consistência. Agora parece que esse problema volta a assombrar o brasileiro, justamente quando carros sem muita pressão aerodinâmica e muito torque no motor, deixam as rodas traseiras a mercê apenas do controle que o piloto exerce sobre elas através do acelerador fly by wire. Patinando e patinando entre curvas a temperatura agora sobe e o desgaste dos pneus é maior. No episódio da Malásia, Bottas tinha trocado pneus mais tarde que Massa e o brasileiro já tinha tentando ultrapassar a McLaren, usando mais os pneus.
O lógico do momento era mesmo a equipe ter mais chances de marcar pontos com outro piloto, mas o problema é exatamente quem estava pilotando o carro.
As equipes sabem que nunca terão bons resultados com pilotos apenas rápidos. É preciso escolher os pilotos de acordo com suas competências e elas ultrapassam em muito a velocidade. Maldonado é rápido. Além de ter grana. Ele é um cara disputado pelos times? Normalmente os pilotos mais rápidos são cheios de atitude e não aceitam perder. Ótimo! Portanto administrar isso deve ser competência da equipes e o que se passou na Williams foi apenas um dos bons problemas pra resolver. Pior seria ter de novo de recolher dois carros destruídos para os boxes.
E tem mais, a Williams, não tem grana pra liberar essa briga, como fazia a McLaren dos tempos de Senna e Prost.
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