Quando você vê os restultados dos treinos em indianápolis, não se assute com os números. Saiba que naquela pista de quatro quilometros em forma de retângulo, os números médios sempre vão passar dos trezentos e sessenta quilometros por hora.

Primeiro porque a pista não tem frenagens e porque todos trabalham para ter um carro bom o suficiente pra andar o tempo todo de pé embaixo. Os motores de 3.5 litros trabalham perto dos dez mil e quinhentos giros e desenvolvem algo em torno dos 630HP. E são exigidos no limite proposto de giros o tempo todo.

Pra melhorar a equação adicione o fato de que todos os treinta e sete carros incritos podem, e devem,ir pra pista quando há tráfego, quando está todo mundo treinando. Isso provoca vácuo muito forte e as velocidades, assim podem passar dos 380km/h. Podem e devem. Passam, sim.

Na Indy, e na Nascar também, é fundamental treinar em grupo. Estar num pelotão de seis sete carros ajuda a todos. Como nenhuma equipe tem tantos carros, e isso sempre foi uma verdade nos ovais, treinar para as corridas significa ensaiar quase como fazem os atores numa peça de teatro. Tudo bem que vai rolar muito improviso, que os atores não têm marcações de roteiro e texto, mas saber do que o outro é capaz, faz parte do treino. É nessa hora que o piloto aprende em quem pode e não pode confiar. E também é assim que se desenvolve o carro. Corrida em oval é trabalho de equipe desde dessa hora e também com quem não é do seu time.

Por isso esta, é a semana mais importante da corrida de 500 Milhas do próximo dia 30 de maio. Prestem atençao nos ensaios. Neste domingo Hélio Castroneves fez uma volta na média de 227 milhas por hora. Isso passa dos 365km/h. foi o segundo dia de carros na pista. Ainda há muito tranalho pela frente.