Finalizada a primeira fase da Indy é possível apontar alguns destaques.
Vou começar com o que é obvio: o domínio da Penske. Quatro corridas, três vitórias. E na Penske o domínio de Will Power.O australiano veio mesmo com fome de velocidade e de vitórias. Depois de seis meses em recuperação do acidente sofrido nos treinos em Sonoma, ele assumiu o carro 12 da melhor equipe e desde os treinos de pré temporada foi o mais rápido.
Na São Paulo Indy 300, justiça seja feita, a equipe teve os méritos pela estratégia muito boa depois da paralisação por causa da chuva. Tanto que Will Power venceu uma prova que seria de Ryan Briscoe, esse sim devendo na equipe. Helio Castroneves venceu a prova do Alabama e mais uma vez a vitória veio por causa da estratégia da equipe.
Portanto no caso da Penske, pilotos certos na estratégia correta, igual liderança!

Do outro lado a equipe Ganassi e seus pilotos estão devendo. Pole de Dario Franchitti em São Paulo, depois do domínio de Scott Dixon nos treinos livres, indicavam algo que nunca mais se repetiu. Na corrida a equipe errou na estratégia e depois seus pilotos ficaram pelo caminho. O melhor resultado foi no Alabama com segundo e terceiro lugares logo depois do Helio. Pouco pra quem sempre andou bem. Vamos ver nos ovais se eles respondem.

E quem está subindo de produção é a Andretti. Ryan Hunter-Reay é o terceiro na tabela depois das três primeiras corridas, mas colado em Helinho: 130 a 129. Reay quase venceu a corrida de São Paulo, mas Will Power estava mesmo muito rápido naquela tarde. Ele ganhou em Long Beach sobrando na pista. Tony Kanaan estava mesmo precisando de um companheiro de equipe a altura pra fazer desenvolvimento dos carros,acertar nas corridas e achou. Esse é dos bons, mas Hunter Reay não tem patrocínio para toda a temporada. Vamos ver como fica.

Isso tudo, porém era mais ou menos esperado. O que não podia prever era surgir na Indy uma piloto como a Simona de Silvestro. Estou impressionado com ela pois essa suíça de 21 anos está sozinha na equipe HVM, que não é nenhuma Penske, e está conhecendo o carro da Indy agora. Mesmo assim tem velocidade pra encostar nos dez primeiros em cada treino. Acelera muito e consegue melhorar o carro nos treinos. Algo difícil de fazer e que mostra que ela tem inteligência, preparo anterior e muita habilidade pra conduzir o carro. Acho que ela vai vencer a sua primeira corrida antes da Danica vencer a segunda vez.

Ainda aposto em vitória do Mario Moraes este ano, outro lance mágico do Vitor Meira, como o terceiro lugar na São Paulo Indy 300, e mais consist6encia do Mario Romancini que caiu, com a equipe, de produção depois da corrida de estréia. Acho que a equipe Conquest deveria ter um segundo carro mas não com outro estreante como o Ramancini.

A dupla Rafael Matos, piloto, e Gil de Ferran, chefe de equipe, ainda não entregou o que parece ser a formação mais promissora da Indy. Mas ainda temos muita corrida pela frente. Essa é só a primeira fase. Que venham os ovais!